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Olá, estou mesmo aqui na tua frente, mas tu insistes em não me ver. Tudo bem, opção tua, cada um vê o que quer. O problema é quando, sem teres a mínima ideia de como sou, sem me conheceres, apenas de me veres passares na rua resolves opinar sobre mim e contra mim. Não admira essa tua miopia, talvez nem a ti te enxergues bem, antes de mais nada, é assim, mesmo não sendo absolutamente nada parecida contigo, acima de tudo amo-me completamente, não sei se me faço entender, provavelmente para ti seria necessário um desenho.
 Para começar, eu faço questão de ver as pessoas que estão ao meu redor, tudo que as evolve com todo o respeito e isso faz toda a diferença do mundo. Percebo que todos têm algo de especial, e é aí que está a graça, percebo belezas que não são minhas, e aí está o prazer,
Tento inclusive perceber-te a ti, parada bem á minha frente, alguém sem um pingo de amor-próprio talvez até nervosa e ressabiada com a minha presença, e aí está o ridículo.
Chega de humilhações.
Tu não precisas de gostar de mim para me veres, mas precisas de me ver para não gostares. Não vou dizer que não me irrita essa tua cegueira, pois parece-me que já foi tudo dito, lamento que a tua inteligência ainda não tivesse atingido.
Pelo menos foram reunidos esforços para que isso acontecesse, mas tu preferes viver nessa tua medíocre ignorância, após todo este tempo continuas a insistir.
Se a tua intenção é mexer com a minha paciência, aviso que andas a perder energia em porcaria, pois um mosquito a zumbir no meu ouvido tem um efeito semelhante, porém confesso que me incomoda muito mais.
E, se me dou ao trabalho de escrever, é porque sei que tu também não serás capaz de ver o que aqui esta escrito.
Passo a explicar: preferia que tu me ignorasses, mas até para poder esquecer vais ter que ver, tenta olhar de frente, pelo menos uma vez, por um segundo que seja, ou vais continuar assim, para sempre, a fugir sistematicamente do que é visível aos olhos de toda a gente, uma escrava, em ignorância constante, portanto. 
 Abre os olhos, fazia-te tão bem.
 Sou bem diferente de ti, como é mais que óbvio, mas isso é óptimo.
Sou melhor que tu em algumas coisas, talvez pior em outras - acontece.
No que eu for pior, podes virar para o outro lado; no que eu for melhor, admira-me.
Ah, e se procuras tanto paz, não queiras comprar guerra!
Vamos pôr as cartas na mesa, porque é que jogas dessa maneira, encontra cartas que te façam ganhar ou preferes passar a vida a perder, isso é o quê manha? Loucura? Ou será desespero?
Confesso que esse teu jogo já me dá náuseas, insuportável acreditar que existe alguém assim tão sem falta de amor-próprio.
Insistes em não abandonar o jogo, quando foste e serás sempre uma carta perdida no baralho.
Inconscientemente até poderia aceitar entrar nessa partida, mas aonde é que estão o resto das cartas?
Sim porque talvez ainda não tivesses percebido que neste jogo és a única concorrente e apenas com uma carta, aquela que podemos chamar de humilhação se é que me entendes.
Jogas a carta de ingénua de seguida a de ressabiada e voltas com a de humilhação.
Resumindo afinal o jogo tem três cartas!

3 comentários:

Anónimo disse...

AMEI PATRICIA

Daniel disse...

melhor seria impossivel miuda ;)

Patrícia Palhares disse...

obrigada por seguirem e gostarem ;)