Porque permitimos que outras pessoas entrem assim de repente tão dentro de nós ao ponto de saírem um dia e levarem um pedaço de nós quando partem? Porque nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos tanto perder em nossos sentimentos?
Às vezes penso que deveríamos aprender a ficar na margem, ver de longe a paisagem calma e satisfazer-nos dessa visão, como quem se fascina com uma grande miragem, mas na verdade não nos satisfaz apenas um olhar, como humanos que somos, precisamos absolutamente de sentir, ao risco de nos afogar... E mergulhamos inteiramente.
E pela vida, vamos mergulhando em promessas de amor eterno, felicidade infinita e um mar de rosas. Não nos questionamos sobre a probabilidade de perdas e decepções, pois só de pensar já é doloroso.
Dói... dói... dói e dói!... Mas isso não nos vai impedir de continuar, não nos impedirá de viver. Pedaços de nós são ainda partes de nós e ninguém disse que precisamos de chegar à velhice inteiros e sem marcas.
Chama-se a isto a vida! Não desistir, manter-nos de pé, pode doer, mas de pé, cabeça erguida.
Grandes artistas obtiveram o melhor das suas obras nos grandes momentos de aflição e dor. Temos que fazer o mesmo, mostrar o que de grande há em nós tirando partido de todas as decepções!
Caminhar!
Amanhã talvez seja diferente, ou talvez não! Mas entre as subidas e descidas, sobreviveremos. E principalmente vivemos.

3 comentários:

Anónimo disse...

como podes sentir o que eu também sinto, adoro seguir-te minha linda.

Eduardo disse...

Fico muito contente quando vejo que escreves alguma coisa, sinto que muitas vezes sentes o que eu também sinto,espero que também sigas o meu. beijinho e continua a partilhar tudo o que sentes.

Patrícia Palhares disse...

obrigada por seguirem ;)