Eu vejo-te, tu vês-me, nós vemo-nos, eles vêem-nos.

O olhar deles é de quem não entende o nosso sentimento, a nossa união, o nosso ar de tolinhos apaixonados. Talvez nem eu entenda, nem tu. Realmente é complicado entender como é que alguém tem tanto sentimento por outra pessoa a título gratuito. Sem ser, mãe, nem irmão. Que significado tem amar alguém que até então era estranho, assim, do nada? A resposta que eu dou quando me perguntam porquê tu? eu respondo que é simplesmente a forma como me fazes sentir, o facto de tu me fazeres tão bem é a razão para seres tu e não outro qualquer, a forma como tu me elevas às nuvens como nunca ninguém fez e eu nunca soube ir sozinha, a alegria que tu me dás e que eu nunca encontrei em tudo o que me rodeia então eu simplesmente te retribuo com todo o amor que vai directo daquele aparelho a que chamamos de coração.

Á vezes também me interrogo porque é que tu gostas tanto de mim, com essa intensidade sufocante, com esse excesso de palavras doces, talvez porque te perdeste em mim e eu encontrei-me em ti, felizes ao dobro, ao quadrado, espero que continuemos assim, certezas do futuro? Ninguém tem, logo quero aproveitar ao máximo a tua presença no presente, afinal o amanhã sempre foi incerto nem provas de que estaremos cá temos.

Por isso continua a ver-me do teu olhar apaixonante, que eu te verei com o meu amor e que os outros continuem a ver-nos cheios de dúvidas e suspeitas.

O amor é mesmo assim,

Hoje é, amanhã talvez e se depois não for, ainda pode vir a ser!